Nos últimos dias a Reforma da Previdência, proposta pelo Governo de Bolsonaro, tem se tornado motivo de diversos protestos pelo País. Na cidade de Assaré, no Ceará, não foi diferente. Um ato de mobilização, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, na manhã dessa segunda (01), teve como objetivo discutir e debater com a população, pontos importantes da Reforma, e que, segundo os organizadores do evento, só vêm trazer atrasos e perdas de diretos para o trabalhador em geral. Após percorrer algumas ruas da cidade, o grupo se reuniu na Praça Mário Gomes para conversar com a sociedade.
J. Magalhães, coordenador regional da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (FETRAECE), regional Cariri, explica que a ideia de se fazer o encontro na praça foi para poder se fazer um diálogo e buscar debater com a sociedade sobre uma proposta de reforma que, de acordo com ele, só vem para massacrar a vida do trabalhador, principalmente a vida das mulheres, pois terão um aumento do tempo de trabalho e no tempo de contribuição. Ele afirmou ainda que os movimentos não vão parar enquanto o Governo Federal não recuar com a Proposta que está sendo apresentada. "Esse é um dos tantos que já realizamos e que ainda iremos realizar contra essa Reforma que vem impactar na vida dos trabalhadores, tanto rurais quanto urbanos. A FETRAECE, junto com os Sindicatos e outras organizações, temos nos posicionado contra essa Proposta do Governo, e temos dialogado nas ruas, buscando esclarecer para a população o quanto essa Proposta vai prejudicar a vida das agricultoras e agricultores familiares do Brasil", finalizou.
Para a coordenadora de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Assaré, Francisca, não tem outra forma de buscar combater a Proposta do Governo se não ir para a rua, mobilizar as pessoas, principalmente as mulheres para que todas entendam que o quanto serão prejudicadas. "Temos que fazer com que a sociedade entenda o problema que vai ser se essa Reforma passar, pois vai prejudicar a todos e ao nosso futuro. O pobre hoje tem acesso à vários direitos e se for aprovada, toda população pobre vai pagar, argumentou. " Por isso viemos aqui hoje para falar e explicar o que de fato é a essa Reforma", finalizou.
Além do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Assaré e de outras regiões, assim como a FETRAECE e o Movimento da Marcha das Margaridas, também participaram do debate e deram a sua contribuição as assistentes sociais no município, Cicera Pereira e Ana Lívia. Lívia que é presidente do Conselho da Mulher e filha de agricultores, também tem um posicionamento firme com relação ao tema. Para ela, não é possível apoiar uma Proposta que "só retira direitos".
Veja abaixo algumas imagens do evento:
